Desde dezembro de 2018, notícias sobre o desenvolvimento de uma criptomoeda pelo Facebook são publicadas no mundo inteiro. Isso aconteceu desde que a marca criou uma divisão de Blockchain ainda em maio do ano passado.
A assessoria do Facebook ainda não divulgou oficialmente o novo projeto, mas uma matéria do The New York Times aponta que pessoas ligadas ao site já estão comentando o assunto e mantendo conversas com casas de câmbio para vender a moeda digital.
Tudo indica que a criptomoeda do Facebook será utilizada para pagamentos dentro da rede social. Compras no app, envio de dinheiro para outros usuários do Facebook ou Whatsapp – semelhante ao que já acontece no Paypal, por exemplo – são as transações mais comentadas. Ross Sandler, analista de internet do banco digital Barclays, também andou comentando sobre a nova criptomoeda do Facebook. Para ele, a rede social deve faturar até US$ 19 bilhões em receita até 2021. O depoimento de Sandler e outras vertentes sobre a criptomoeda do Facebook foram publicados em uma matéria divulgada pela CNBC. “Estabelecer meramente esse fluxo de receita começa a mudar a história das ações do Facebook em nossa opinião”, disse Sandler à CNBC.
A expectativa é que o lançamento da moeda facilite a compra e venda de produtos e serviços para usuários de países diferentes.
Assim como acontece com as criptomoedas já existentes, a “Facebook coin”, como ultimamente vem sendo chamada a moeda da marca, exige uma carteira digital para realização de transações. Ela também será mais estável do que outras moedas já existentes, como a Bitcoin e a Ethereum.
A ideia é ter uma moeda acessível, com variáveis de custo semelhante ao dólar e euro, por exemplo.
Isso faz com que as transações dentro do site se tornem mais seguras e rápidas. Hoje, por exemplo, para um usuário comprar dentro do Facebook, ele precisa digitar todos os seus dados pessoais e número de cartão de crédito. Com a criptomoeda o usuário já terá seu saldo disponível e uma carteira interligada dentro da plataforma. Os pagamentos são mais instantâneos e sem a necessidade de registro de cartões de crédito.
Para Jack Gold, presidente e analista principal da J. Gold Associates, o Facebook também pensa em lucrar com pagamentos móveis. Para ele, registrar pagamentos dentro da plataforma quando se está utilizando um computador de mesa é bastante simples. Já para os usuários móveis, esse acesso é um pouco complexo, fazendo com que muitos abandonem a compra sem finalizá-la.
Gold diz que o Facebook deve utilizar sistemas já similares da Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay. Eles têm uma enorme base instalada e, se conseguirem aproveitar uma oportunidade de pagamento, podem gerar grandes receitas para eles”, comentou Jack Gold. Outra expectativa de Gold é que a moeda do Facebook também seja uma ferramenta contra fake news. “Ele também pode ser usado para aumentar a capacidade deles de combater ‘notícias falsas’, exigindo que todas postagens sejam registradas e tenham uma trilha de auditoria”, disse Gold.
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